quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Selecção paranormal

Brasil 6, Portugal 2
"Portugal ajudou a ressuscitar a melhor selecção do mundo" in Público 20.11.2008

Eu não vi ... ainda bem que não vi ... à hora que foi transmitido era mesmo para poucos verem.
Pemitam-me a referência a um artigo que encontrei na www sobre morte e ressurreição.
Convém ler, na esperança de encontrar algum alento no hipotético regresso do além desta selecção e mais do seu messias, lei-se Carlos Queirós.
Ainda para não falar do que custou €€€€€ esta ida ao país do Cristo Redentor - Senhor do Corcovado.

Algumas frases tiradas do contexto:
"Eles aceitam o martírio porque acreditam numa ressurreição dos mortos. "
... já estava pensado, aceitar o martírio. Agora vamos passar e ser contratados para ressustitar outras seleções moribundas.
"Tem-se mesmo a impressão que os discípulos de Jesus estavam bastante afastados desta esperança."
... pois é, na 2ª parte os discípulos de Jesus (leia-se pupilos de Carlos Queirós) estavam mesmo afastados da esperança ...
"Jesus acreditava na ressurreição dos mortos."
... só Jesus é que areditava.
"O amor de Deus pelos homens parecerá mais claro na passagem pela morte do que na glória da ressurreição (e da vitória)"
... o Gilberto Madail deve ter esta frase escrita na parede do quarto.
"Deus diante da morte de Jesus. Ele não intervém."
... a nós nem Deus nos valerá. Ainda se fosse a N. Sra. do Caravágio.
"A cruz é a chegada da liberdade do homem face a Deus."
... eu, e todos os portugueses já carregamos a cruz à alguns anos mas nem isso nos tem livrado de apanhar grandes vergonhas.

Caro leitor. Para que possa cultivar a leitura de matérias isotéricas e afins, anexo literatura apropriada.
Tirado de "MORRER E RESSUSCITAR(2 Mac, 7, 1-2. 9-14; Lc 20,27-38)"

[...]5. A fé na ressurreição existia no judaísmo tardio, nos séculos que precedem imediatamente Jesus, e o mais belo exemplo encontra-se no segundo livro dos Macabeus (escrito por volta do ano 100 antes de Cristo e chamado o “livro dos mártires de Israel), com a história dos “sete irmãos mártires” e da sua mãe (cap. 7). Eles aceitam o martírio porque acreditam numa ressurreição dos mortos. Mas é uma ideia que está longe de ser aceite por toda a gente. Tem-se mesmo a impressão que os discípulos de Jesus estavam bastante afastados desta esperança. Os saduceus recusam explicitamente esta ideia, como se vê no texto de Lucas que ouvimos ler.

6. Jesus acreditava na ressurreição dos mortos. Ele teve o pressentimento da sua morte e evoca a sua ressurreição por Deus. Fala do grão de trigo que deve morrer para produzir fruto, o que nos coloca diante da consciência que ele tinha de si mesmo antes da morte. Que sentido tem esta morte? A ressurreição era em si mesma uma passagem através da morte e obrigava a procurar as razões desta morte. O amor de Deus pelos homens parecerá mais claro na passagem pela morte do que na glória da ressurreição (e da vitória). Mas as duas estão ligadas: a ressurreição é entendida como a abertura das portas do céu para todo o homem, logo como uma manifestação do poder do amor, “forte como a morte”. Por outro lado há o silêncio de Deus, a impotência de Deus diante da morte de Jesus. Ele não intervém. Este silêncio de Deus torna-se uma nova revelação: a de um novo rosto de Deus, que não nos salva mergulhando-nos no seu poder, mas manifestando um amor incondicional por nós. O cristianismo não recebe a revelação de Deus no triunfo de Deus, mas na fraqueza da morte de Jesus que nos liberta antes de mais do medo de Deus, como as religiões o apresentam. É este medo que destrói a liberdade do homem criado à imagem de Deus, que gera as manipulações idolátricas do divino, que leva por mimetismo à vontade de poder e de dominação do próximo. A cruz é a chegada da liberdade do homem face a Deus. Abdicando do seu poder, Deus revela que é amor e que é o amor que salva da morte.[...]

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